Com toda a certeza um seguro de vida é imprescindível para garantir a segurança financeira para sua família no caso da sua ausência. Assim, saber como calcular o seguro de vida ideal, pode além de garantir o seu sossego, também fazer você economizar muito dinheiro em coberturas desnecessárias.
Existem dezenas de seguradoras de vida no Brasil, e dentro de cada uma delas, uma quantidade considerável de modalidades de seguro. Para resumir, alguns dos seguros mais tradicionais:
- Seguro de vida resgatável
- Seguro de vida Whole Life
- Seguro de vida decrescente
- Seguro de vida temporário
- Seguro familiar
Dentro de cada um desses seguros, ainda existem diferentes outros seguros que você pode fazer em conjunto, como seguro de invalidez, assistência funeral, cobertura por internação hospitalar, entre outros.
Por isso, é importante entender como calcular o seguro de vida ideal, para que você cubra aquilo que de fato é necessário, e nada a mais que isso.
Seguro de vida, para que serve?
O seguro de vida serve para proteger você e seus familiares no caso de um evento adverso e não esperado, como invalidez por um acidente, ou mesmo a morte, garantindo recursos financeiros suficientes para amenizar os custos ou melhorar a qualidade de vida sua ou de quem ficou, no caso de morte.
No Brasil, uma parte significativa das pessoas faz seguro de bens materiais, mas ainda poucos fazem da própria vida (que deveria ser mais importante).
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), 30% da frota de veículos do Brasil possui seguro. Já para seguros de vida, de acordo com levantamento da Zurich Seguradora, e da Universidade de Oxford, somente 8% dos brasileiros têm um seguro de vida.
Ainda segundo o mesmo estudo, o percentual de pessoas com seguro de vida em países desenvolvidos como Estados Unidos é 30% e em Hong Kong de 35%. O Brasil é um dos últimos da lista.
A falta de pessoas com seguro, deve-se em parte, ao desconhecimento de que serve um seguro de vida. Nada melhor que usar exemplos pra entender porque um seguro de vida é essencial em alguns casos.
Por que seguro de vida é tão importante
Imagine um exemplo, muito comum no Brasil: um casal com dois filhos, ambos trabalham fora, sendo o marido recebedor da maior parte da renda da casa.
Supomos que a renda total da família seja de R$10mil, dos quais R$6mil do marido, e 4 mil da esposa. Todo o valor é gasto, com pouca sobra no final do mês.
Os bens do casal são um carro, já quitado, e um apartamento, que está parcialmente financiado. O patrimônio consta na tabela abaixo:
Bem/Dívida | Valor |
---|---|
Apartamento | 450.000 |
Carro | 50.000 |
Financiamento | -120.000 |
Patrimônio Final | 380.000 |
Vamos supor que o marido faleça de maneira inesperada. O financiamento será parcialmente quitado, caso tenha sido feito em nome de ambos, sobrará 40% da divida para a esposa.
Então, na transmissão dos bens, terá custos de inventário, cartório e de ITCMD (Imposto de Transferência Causa Mortis ou doação). Isso tudo, deve ficar perto de 10% do patrimônio, sendo assim, cerca de R$50mil.
Agora, a família ficou sem recursos para pagar os custos de inventario e transferência dos bens, tendo que contrair uma dívida de 50 mil reais para isso e com uma renda de 4 mil reais, ante os 10 mil antes!
A família teria que trocar escola particular por escola publica, baixar o padrão de vida, talvez até sair do apartamento..
É por isso que um seguro de vida é tão importante e saber como calcular o seguro de vida é tão importante. Ele deve ser dimensionado para garantir que a família mantenha um padrão de vida, ou ao menos, não tenha tantos problemas no caso da morte inesperada de um membro.
Contratar o seguro de vida ideal para sua família
O seguro de vida ideal, é aquele que cobre estritamente as necessidades da familia, nem a mais, nem a menos.
Isso quer dizer que, no caso de falecimento, o valor do seguro não será para aumentar, mas ter como resultado, a garantia do padrão de vida da família, e sim o estritamente necessário. E também é claro, que não faltará recursos.
É importante fazer um seguro de vida adequado as necessidades pois, o objetivo não é deixar rico os sobreviventes. Aliás, a tendência é que para a grande maioria dos casos, o seguro de vida não seja superavitário, ou seja, irá se aportar mais do que receber. É normal isso, alguns poucos usarão o seguro, e receberão mais do que aportaram.
O objetivo do seguro não é investimento, nem especulação. Mas sim com o intuito de mitigar riscos e proteger!
Calculando o valor do seguro de vida ideal
A melhor maneira de saber o valor e o tipo de seguro ideais para suas necessidades é através de um planejamento financeiro pessoal. Aqui, calcularemos o seguro de vida ideal, para saber se você precisa de ou não, e se o que tem cobre as suas necessidades.
Primeiramente, deve-se estimar qual renda quer deixar, e por quanto tempo. É muito comum manter a renda familiar até os filhos completarem 24 anos e manter o padrão de vida do cônjuge na sua ausência do outro.
Por isso, é necessário definir a renda almejada para sua familia na sua ausência, e por quanto tempo.
Sabendo disso, é preciso estimar, qual a renda a família receberá, seja de pensão no caso de morte, ou de renda do cônjuge. Daquele valor de renda esperada, será deduzida essa renda que já será recebida.
Agora que sabemos a renda, é preciso determinar o prazo.
O mais comum é proteger a esposa e os filhos. No caso dos filhos, até atingirem uma determinada idade e serem financeiramente independentes. No caso de cônjuge, prover renda até sua morte (normalmente, usa-se entre 85 e 90 anos).
Com renda e prazo definidos, conseguimos saber se o patrimônio atual proverá a renda necessária.
Caso tenha investimentos financeiros, ou bens como casa ou terreno, avalia-se qual a renda alcançada com esses bens. Se esse valor for superior ao montante necessário para prover a renda desejada, você não precisa de um seguro de vida.
Se o patrimônio não for suficiente para gerar uma renda R$5.000 do nosso exemplo, é preciso calcular essa diferença. O valor necessário para prover a renda, menos o patrimônio de investimentos da família.
Essa diferença, é o valor do seguro de vida que você deve fazer!
Resultado: o melhor seguro de vida
Vimos que o melhor seguro de vida é aquele que cobre apenas o necessário, e como calcular isso. Assim, veremos agora um exemplo prático, feito por nosso consultor Monefica.
Um homem com dois filhos, deseja deixar uma renda de R$8mil para família, caso venha a falecer. Ele é contribuinte do INSS, estima-se uma renda de R$4mil de pensão. Logo, o valor necessário é de R$4mil.
O prazo esperado para essa renda é de 40 anos e o casal possui R$150mil em investimentos financeiros e uma sala comercial, no valor de R$150mil:
- Renda necessária no caso de morte: 4.000
- Patrimônio de investimentos: 300.000
- Prazo para recebimento da renda: 40 anos
- Idade: 33 anos
Então, calculamos o patrimônio dele ao longo dos anos, e o montante necessário. A diferença dos dois, é o valor do seguro que precisa ser feito:
Em um determinado momento, esse patrimônio de investimentos será maior que a cobertura necessária para prover renda de R$4mil. Além disso, a cada ano o montante necessário será cada vez menor, pois o prazo também é. Começa com 40 anos, no ano seguinte são 39, depois 38, 37… a cada ano que passa, menor o valor necessário para garantir a renda almejada.
Com esses dados, é possível fazer um seguro de vida ideal, cobrindo as necessidades. Nesse caso, veja como elas ficaram:
Nesse caso, o melhor seguro, seria um seguro de vida temporário decrescente.
Esse seguro vale por um prazo determinado, nesse caso 17 anos. É decrescente pois a cada ano o valor da cobertura diminui. Além disso, é muito mais barato que um seguro de vida tradicional de valor fixo!
Que tal contatar um consultor, e usar o sistema Monefica para ajudar você a proteger sua família?
Seguro de vida para invalidez ou custos sucessórios
Duas opções muito comuns também de seguro de vida, são aqueles que não visam garantir uma renda para a família, e sim, proteger de eventos adversos, que não a morte.
É o caso do seguro invalidez, nesse, o seguro é pago mesmo quando não há morte.
Serve para proteger de um acidente ou algo que possa acontecer e comprometa a capacidade laboral do segurado, impedindo por exemplo, que continue trabalhando.
O segundo caso, é o seguro para cobrir os custos sucessórios. Imagine que a família terá a renda necessária, mas não terá recursos para cobrir os custos de inventário e de ITCMD, o imposto sobre a herança. Um seguro de vida fixo, só para essa necessidade, pode ser uma boa alternativa.
Esses dois seguros, apesar de também muito importantes, consideramos menos necessários que o que tratamos, que é aquele que fornecerá a renda necessária para a família.
Ambos os seguros, para cobrir custos sucessórios, ou de invalidez, podem ser feitos juntos ao seguro de vida que falamos anteriormente. Sendo muitas vezes feito junto com o seguro de vida que falamos.
Adicionalmente, pode-se ainda considerar seguro para gastos funerários, ou seguro para cobrir gastos de internação.
Todos esses seguros devem ser bem avaliados, preferencialmente com um planejador financeiro, que vai apontar as necessidades, a fim de que você não faça seguros que não tenha necessidade.
Conclusão
Escrevemos esse artigo com a finalidade de ajudar você com o básico sobre como calcular o seguro de vida ideal. É um tema muito importante no seu planejamento financeiro, a fim de garantir que na sua ausência, seus familiares ficarão em uma situação confortável, e possam manter o padrão de vida.
Conforme mencionamos, esse seguro deve cobrir estritamente o necessário, e nada mais que isso, já que a probabilidade é maior que você acabe não o usando.
Em conclusão, sugerimos fazer o seguro de vida apartado da previdência, ou de outros investimentos, que as vezes embutem o seguro de vida. Isso porque, fica mais fácil avalia-lo exclusivamente, do que em conjunto. No mais, você poderia facilmente cancelar o seguro e fazer um novo caso seja mais favorável.
Quando o seguro de vida é feito em conjunto com outros produtos, isso acaba sendo mais dificil.
Consulte um consultor do Monefica, e faça um planejamento financeiro pessoal. Assim, você não só saberá o seguro de vida ideal, como terá um plano completo para seus objetivos de vida.