Em 2021 a inflação brasileira voltou ao patamar de 2 digitos, algo que não acontecia desde 2015, fechando o ano, na inflação medida pelo IPCA em 10,06%. Nesse sentido, muitas pessoas começaram a procurar investimentos para se proteger da inflação, e ao menos, manter o poder de compra, já que os investimentos tradicionais, renderam todos muito abaixo dela.
Para a sua sorte, existem diversos investimentos que protegem da inflação, seja ela qual for, e ainda proporcionam ganhos reais, ou seja, juros acima dela.
No nosso vídeo acima, mostramos os principais investimentos para se proteger da inflação. Ele faz parte do nosso curso gratuito: Planejando sua independência financeira: do zero a aposentadoria. Você pode acessar ele clicando aqui.
Agora, vamos falar deles, os investimentos para se proteger da inflação!
Investimentos que acompanham a inflação
Primeiramente, a melhor maneira de se proteger da inflação, é através de investimentos que acompanhem a inflação. Dizemos que, são investimentos indexados a ela.
O mais comum, são investimentos atrelados ao IPCA, que é o principal e o índice de inflação oficial do Brasil, embora alguns investimentos também possam ser indexados ao IGP-M ou outros.
E o principal investimento atrelado a inflação no Brasil, é o Tesouro IPCA + que é negociado na plataforma de títulos públicos conhecida como Tesouro Direto.
Nela, são negociados 3 títulos, Tesouro Selic, Tesouro Pré Fixado e Tesouro IPCA.
É possível ver que, tem uma taxa que soma-se ao IPCA. Isso quer dizer que o detendor do titulo, vai receber além do IPCA do período, uma taxa adicional de juros. Sendo assim, não só protege da inflação, como proporciona um bom retorno acima dela.
Além disso, esses títulos podem ou não pagar juros semestrais. Caso não pague juros, o valor do IPCA + a taxa de juros vão se acumulando até o vencimento. Caso pague juros semestrais, o valor que você investiu vai ficar corrigindo pela inflação, e no final do período, você receberá seu dinheiro de volta corrigido pela inflação, e os juros adicionais, serão pagos semestralmente na sua conta.
Esse é o principal investimento no Brasil, com baixo risco, e acessível a todos, com qualquer valor, para se proteger da inflação.
Outros investimentos que também protegem da inflação.
Falamos bastante do Tesouro IPCA + pois ele é fácil de acessar, democrático e de baixo risco. Porém, ele não é único.
Outros investimentos, como CDB’s, LCI, LCA, CRI, CRA e Debentures, podem ser indexadas a inflação, isto é, ter o seu rendimento atrelado a ela, somado a um juros, semelhante ao Tesouro IPCA. Alguns deles, inclusive, são isentos de imposto de renda.
Eles também são alternativas, especialmente para aqueles que já tem uma certa maturidade em investimentos, e podem sim compor uma carteira de investimentos para proteger da inflação.
Além disso, outro investimento não tão óbvio, para proteger da inflação, são investimentos em dolar. Isso se deve pois, em momentos de inflação mais alta, a moeda brasileira tende a se desvalorizar, então ter parte do patrimônio em dólar, protegeria a sua carteira.
Veja que ao longo de 27 anos, o Dólar (que está como PTAXV no gráfico) acompanhou a inflação ao longo do tempo.
Como a inflação afeta os investimentos
A inflação afeta diretamente os seus investimentos. Aliás, a parte mais importante que você deve ter em mente ao fazer um investimento, é ao menos, ganhar da inflação, caso contrário, apesar de estar “ganhando” dinheiro, seu poder de compra estará diminuindo.
Veja só um exemplo. Se você tivesse aplicado na poupança 5 anos atrás, 50 mil reais veja como seria o seu resultado.
Isso significa que, apesar de ter tido ganho, ou seja, os 50 mil passarem para 61.080, o poder de compra desse valor, que quer dizer, a quantidade de bens que esse valor pode comprar, é inferior ao que ele comprava 5 anos atrás!
Portanto, pense em ganho real. Ganhos acima da inflação. Essa é a parte mais importante do seu investimento.
Investimentos acima da inflação em 2021
Em 2021 poucos investimentos financeiros conseguiram superar a inflação no Brasil. Foi um ano bastante atípico, pois a taxa Selic, que baliza os juros no país, ficou muito atrás da inflação como poucas vezes já vistos.
Na média, a taxa Selic costuma ficar acima da inflação, salvo alguns anos excepcionais, mas dificilmente vemos uma diferença tão significativa como vimos em 2021.
Pegando os principais investimentos dos brasileiros, veja como ficou a conta:
Por fim, os principais investimentos financeiros ficaram abaixo da inflação em 2021, sendo o dólar, o que ficou mais próximo dele.
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