Vídeo Explicação Fee Fixo
Como resultado do amadurecimento do mercado de investimentos no Brasil, e dos próprios investidores, o modelo de cobrança de fee fixo, ou taxa fixa para a gestão dos investimentos, tem ganhado cada vez mais espaço. Mas poucos sabem se o fee fixo vale a pena realmente.
O modelo mais comum no Brasil é o comissionamento, ou seja, cada produto ofertado ao cliente oferece uma comissão diferente à corretora. Já no fee fixo, é feita uma cobrança fixa sobre a conta do cliente, normalmente, um percentual do patrimônio que ele tem na instituição financeira.
Para alguns investidores, o fee fixo vale a pena, sendo uma alternativa de cobrança mais transparente e sem o conflito de interesses que o modelo de comissão gera. Entretanto, é importante verificar qual é a taxa de cobrança, se está alinhada com o mercado, e também o perfil dos investimentos feitos. Só assim será possível avaliar melhor se o fee fixo vale a pena, ou se manter o modelo por comissão, mesmo com seus problemas, é mais vantajoso.
Como foi a evolução no serviço de investimentos
Você já deve ter recebido uma ligação do gerente do seu banco ofertando um produto financeiro. Gerentes são funcionários do banco e recebem sua remuneração diretamente do banco e, em alguns casos, com comissões em cima das metas de vendas alcançadas. Os investidores perceberam que seus interesses não estavam sendo priorizados nessa relação e começaram a migrar para outro modelo que vinha ganhando espaço: as corretoras de investimentos.
Houve uma mudança significativa para os escritórios de Agente Autônomo de Investimentos. Dentro dessa estrutura estão os Assessores de Investimentos. Esses profissionais são representantes de uma corretora e recomendam os produtos disponíveis nas plataformas aos seus clientes. Diferente dos gerentes de banco, que são remunerados pelo próprio banco, os assessores de investimentos são remunerados de duas formas: rebate ou spread.
A remuneração dos assessores de investimentos
O rebate nada mais é do que uma comissão. Basicamente, todo produto de investimento tem uma comissão para o banco ou corretora. Elas são obrigadas a mostrar parte desses custos. Por exemplo: esses aqui são os custos da XP.
O exemplo mais conhecido é nos fundos de investimentos. A gestora do fundo de investimentos passa uma parte da taxa de administração para a corretora, que, por consequência, repassa uma parte também para o assessor que indicou aquele produto para o investidor. Para ficar mais claro: imagine um fundo com taxa de administração de 2%. Parte ficará com o fundo e outra parte será dividida entre a corretora e o assessor.
O spread é diferente. É a diferença entre a rentabilidade que a corretora consegue na captação do investimento e a rentabilidade que o investidor terá. Numa emissão de CDB a 120% do CDI, por exemplo, a corretora poderá distribuir aos clientes a uma taxa de 116% e ficar com a diferença — o spread de 4%. Parte desse spread irá para o assessor de investimentos.
Nesse modelo, a remuneração do assessor pode variar, sendo maior ou menor de acordo com os produtos do portfólio dos clientes. Os investidores começaram a se questionar se não haveria um conflito de interesses na hora da escolha do ativo, priorizando um ou outro produto de acordo com a comissão envolvida.
Outro ponto importante a destacar é que o assessor de investimentos, enquanto preposto da corretora, só pode repassar as recomendações e análises da corretora. Consultorias e serviços de administração de carteira de investimentos são vedados.
Veja como é o modelo de remuneração por comissão

Mudança para modelo Fee Fixo: como funciona
A partir desse amadurecimento dos investidores e do mercado no Brasil, começou-se a aplicar um modelo que já é favorito nos Estados Unidos. Um relatório norte-americano de 2021 aponta que 61% dos investidores preferem pagar por fee fixo, enquanto os demais 39% optam pelo formato de comissões. Segundo a pesquisa, ao escolher um planejador de aposentadoria, os participantes focam em dois fatores: estrutura de custos competitiva e qualidade dos serviços. Clientes não estão pagando apenas pela assessoria. Estão pagando pela experiência, inteligência e tempo despendido em criar e executar um planejamento de longo prazo.
O que é fee fixo?
Fee fixo nada mais é do que uma taxa fixa acordada entre o cliente e o gestor da carteira de investimentos. Ou seja, a remuneração pelas recomendações de investimentos é feita pelo cliente, e não mais por uma corretora. Quaisquer comissões que possam ser geradas pela alocação de recursos em determinados ativos são revertidas para a conta do cliente — numa espécie de cashback. Sendo assim, elimina-se o conflito de interesses que poderia existir na relação.
Mas como funciona a cobrança do fee fixo?
Cliente e gestora acordam uma taxa anual, que incidirá sobre o montante do patrimônio do investidor. A cobrança é feita de forma proporcional, mês a mês, diretamente da conta de investimentos. Com isso, fica muito mais claro para o investidor o que ele está pagando pela gestão dos seus recursos.
Fee fixo e taxa de performance
Em alguns casos, há também uma taxa de performance. Se a carteira administrada render acima do benchmark definido, além do fee fixo, haverá a incidência de um percentual sobre o rendimento excedente. Cliente e gestora avaliam esses detalhes e entram em um acordo. O mais interessante nesse caso é o alinhamento de interesses: se o desempenho da carteira for bom, todos ganham.
Fee Fixo: cobrança fixa
Esse modelo de fee fixo, anteriormente restrito a investidores de alta renda no Brasil, vem se popularizando pela transparência na cobrança.
O fee fixo é anual, mas é pago ao longo do ano — e não de uma só vez. Por exemplo, um fee fixo de 0,7% ao ano representa cerca de 0,058% ao mês. Veja:
Uma carteira administrada de R$ 100 mil, com fee fixo de 0,7% ao ano, gera uma cobrança anual de R$ 700. Isso representa R$ 58 mensais. Esse valor pode ser muito vantajoso, especialmente para quem busca um serviço completo de gestão.
Quando o fee fixo vale a pena?
O fee fixo pode ser uma alternativa muito benéfica ao investidor. Por isso, diversos países já adotaram esse novo modelo, deixando o comissionamento para trás.
Ele vale a pena quando se busca mais transparência na cobrança, clareza sobre o que está sendo pago e ausência de conflitos de interesse. O investidor consegue visualizar exatamente quanto está pagando pelo serviço, sem surpresas.
Atenção: valores entre 0,5% e 1% ao ano estão em linha com o mercado. Acima disso, pode não compensar a migração para o fee fixo, a depender da alocação.
Outro ponto é avaliar o tipo de investimento. Carteiras extremamente conservadoras, como fundos DI ou Tesouro Direto, não exigem gestão ativa. Nesse caso, pagar um fee fixo pode não compensar.
A vantagem do fee fixo em uma Gestora de Investimentos
Algumas corretoras passaram a adotar o fee fixo para tentar reter investidores que criticavam os conflitos gerados pelas comissões. Contudo, mesmo nesse modelo, os assessores continuam limitados à atuação vinculada à corretora, sem autonomia para consultoria individualizada.
Já uma Gestora de Investimentos é independente e possui compromisso exclusivo com os interesses do cliente. O fee fixo viabiliza um serviço completo: análise de cenários econômicos, revisão de portfólio, curadoria de produtos e alinhamento com metas patrimoniais.
A Monefica nasceu com esse propósito
A Monefica já nasceu com o modelo de fee fixo. Atuamos com carteiras administradas, sem comissões, oferecendo gestão transparente e alinhada aos objetivos de cada cliente.
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